15 erros comuns na presença das redes sociais

Mesmo os mais céticos, não duvidam que hoje em dia a presença online e em especial nas redes sociais é determinante para alavancar o negócio.

A maioria do seu público-alvo (para não dizer a totalidade) tem pelo menos um perfil numa a rede social que gosta de utilizar. Assim sendo, ao comunicar o seu negócio nas redes sociais, está dessa forma a encontrar potenciais clientes e a aumentar a probabilidade de ter melhores resultados. Mas será que basta estar presente nas redes sociais? Não. Há alguns erros que convém evitar. Procure refletir naqueles com os quais se identifica e tente abordar a sua presença nas redes sociais de outra forma, com base nas nossas recomendações.

Destacamos os 15 erros mais comuns na presença das redes sociais:

1. Falta de estratégia

Se pensa que o sucesso acontece por acaso, sem muita pesquisa, muita dedicação, muito tempo e muito planeamento, pense outra vez! Tratar as redes sociais como uma coisa “à parte” da estratégia da empresa, está a negligenciar o potencial incrível de marcar a notoriedade do seu negócio. Tem que haver uma estratégia | associação entre as decisões / objetivos do seu negócio e o que se transmite nas redes sociais.

2. Falta de objetivos claros

Deve existir um motivo bem definido para o seu negócio estar presente numa rede social. Assim que criar um perfil numa rede social e começar a fazer publicações, tem de saber exatamente o que espera obter como retorno desse esforço.

Lembre-se que para realizar essas publicações nas redes sociais vai precisar que alguém que, pelo menos, as pense, planeie, escreva os textos, prepare o design das imagens, agende as publicações, monitorize os resultados e interaja com a comunidade.

Este é o fruto do trabalho de uma, duas ou até três pessoas. Por isso, como parte da sua estratégia para as redes sociais, dedique tempo a definir de forma inteligente os seus objetivos – defina exatamente o que pretende alcançar, de forma realista e relevante num intervalo de tempo, de forma a conseguir medir o seu progresso.

3. Criar perfis em todas as redes sociais e deixá-las ao abandono

Avalie se vai ter tempo e conteúdos autênticos para alimentar uma página de Facebook, Instagram, Twitter, um canal de YouTube e ainda o LinkedIn?

Sempre que deixar uma rede social ao abandono poderá ter pessoas a deixar comentários, nomeadamente negativos, que por lá ficarão sem resposta.

Além disso, uma rede social sem atividade poderá confundir os seus visitantes: será que aconteceu alguma coisa a esta empresa, terá fechado? Não transmite uma imagem de credibilidade e confiança perante potenciais e até atuais clientes.

Seja realista na hora de definir em que rede social quer estar presente: quantas redes sociais tem capacidade de gerir com os recursos de que dispõe? Identifique qual é o seu público-alvo e em que redes sociais é mais ativo!

4. Publicar exatamente o mesmo conteúdo em todas as redes sociais

Apesar de entender as dificuldades que as empresas enfrentam para produzir conteúdos para a redes sociais, não deixo de insistir para que não se devem partilhar os mesmos conteúdos em todas as redes, da mesma forma.

Qual será o interesse que tem para os utilizadores seguirem uma marca em várias redes sociais se o que vão ver é sempre o mesmo conteúdo?

Além disso, o Facebook e o Pinterest são melhores a gerar tráfego para o website, o Instagram é uma rede mais visual e pode ser usada para partilhar a cultura da empresa, os produtos/serviços num determinado contexto ou para partilhar conteúdos produzidos pelos utilizadores.

Se apenas tem o mesmo conteúdo para partilhar, adapte-o, dimensionando corretamente as imagens para cada rede e reescrevendo o copy. Por exemplo, se no Instagram fez um post sobre uma sessão fotográfica, nas Insta stories coloque algumas fotos/vídeos dos bastidores e no Facebook crie um carrossel com essas imagens já editadas a ligar para o website.

Desta forma, cada rede social contribui para comunicar, acrescentando perspetivas diferentes à história, em vez de repetir o que já tinha sido partilhado.

5. Esquecer-se que as redes sociais devem ser sociais (e não um canal de comunicação unilateral)

As redes são chamadas de sociais porque permitem criar comunidades e interagir com os seus clientes e potenciais clientes. Nas redes sociais pode visualizar o perfil dos seus seguidores e ficar a conhecer melhor os seus interesses antes de responder a um comentário ou mensagem!

Muitas empresas ainda abordam as redes sociais como um local para “despejar” passatempos, descontos e promoções, achando que essa é a maneira correta de aumentar as suas vendas! Depois disso, muitas nem respondem aos comentários, nem interagem com a comunidade, mesmo quando alguns utilizadores perguntam qual é o preço de determinado produto.

Use as redes sociais para criar uma comunidade, para criar ligações com os seus clientes e potenciais clientes. Comunique antes de mais a sua visão, os seus valores, a sua história, a sua proposta de valor. Dê a conhecer à sua comunidade aquilo em que acredita e o que defende, preparando-as ou sensibilizando-as para comprar os seus produtos | serviços logo que estejam preparadas para fazê-lo.

6. Pensar que os utilizadores usam as redes sociais para ver as suas publicações

Este erro vem no seguimento do anterior. As pessoas usam as redes sociais para conversar com amigos e familiares, para partilharem sobre os seus interesses, para se informarem, para se divertirem e também para descobrirem novas marcas e produtos. Mas esta descoberta é feita de forma natural e autêntica.

Se souber estar nas redes sociais de forma relevante, irá conseguir mais iterações e mais seguidores, porque os utilizadores vão ter um interesse real em ouvir o que tem para dizer.

Se a sua comunidade valorizar o que partilha e se identificar com os seus conteúdos, irá com certeza lembrar-se da sua marca quando estiver pronta para comprar.

7. Acreditar que em 2021 é fácil conseguir ter milhares de seguidores em pouco tempo

Existem milhões de páginas de empresas ativas no Facebook e no Instagram e a mais de metade destas empresas pagam para promover os seus posts.

Em cada uma destas redes sociais, são publicados milhões de conteúdos por dia.

Com toda esta competição por atenção, que apenas tende a aumentar, conseguir atenção para si, bem como seguidores, é uma tarefa cada vez mais difícil. É preciso ter estratégia, consistência e muita perseverança para construir e fazer crescer a sua comunidade de seguidores e transformá-los em cliente. É importante ter uma comunidade grande a apoiar a sua marca, mas mais importante é criar uma verdadeira ligação com os seus seguidores, gerando muitas (e relevantes) interações, que mais tarde se traduzam em vendas diretas ou assistidas Tenha por isso cuidado com a  “métrica de vaidade”.

8. “Comprar” seguidores, especialmente se não forem o seu público-alvo

Este erro também vem no seguimento do anterior. Se comprar seguidores pode não ser uma boa prática, principalmente se forem seguidores que nem sequer pertencem ao seu público-alvo.

Acredito que seja tentador ter nas redes sociais vários milhares de seguidores, para aumentar a credibilidade e a força da sua marca. Mas atualmente consegue-se facilmente descobrir de onde são oriundos esses seguidores. E por muito baratos que sejam, como não vão gerar qualquer resultado, não são mais do que um desperdício do seu dinheiro.

9. Não responder aos comentários ou às mensagens dos seguidores

Conseguir que os utilizadores comentem em publicações do Facebook ou do Instagram é tarefa também cada vez mais difícil. Não estou a falar de passatempos, de temas polémicos, de publicações de celebridades, nem daqueles comentários falsos que se notam ser feitos por programas que de forma automática comentam publicações quase sempre da mesma forma “nice”, “like it”, love this”, “this is great”, “love your profile”, etc.

Assim, é particularmente frustrante verificar que certas marcas não interagem com comentários verdadeiros nas suas publicações, muitas vezes até quando são utilizadores a perguntar o preço do produto, ou onde o podem comprar.

Sem dúvida que muitas das vezes essa informação já está na publicação, mas isso não interessa, nem aos utilizadores, nem aos algoritmos.

Se recebe comentários reais nas suas publicações, nem que seja a perguntar o óbvio, interaja e responda. Faça diferente e não responda “também” o óbvio: aproveite a oportunidade para partilhar mais informação, links ou o que desejar. Aproveite para comunicar!

10. Preparar os conteúdos sem ter em conta as especificidades das redes sociais

Se já é complicado ter capacidade, recursos financeiros, humanos e de tempo para produzir conteúdos para o seu negócio, garanta que tem tudo bem planeado para cada rede social.

As redes sociais têm uma linguagem própria, incluindo as imagens e os vídeos utilizados. Siga várias contas concorrentes, nacionais como internacionais. Que tipo de imagens e vídeos é que estas marcas publicam? Em que medida as suas imagens e os seus vídeos estão em linha com os das outras marcas?

É muito complicado para os profissionais, que trabalham as suas redes sociais, conseguirem fazê-lo apenas com as fotografias de uma sessão fotográfica por ano que não teve em consideração as temáticas anuais do calendário de publicações.

Reúna com a sua equipa de marketing digital e troquem ideias sobre os conteúdos a produzir para as redes sociais. Se não pensar os conteúdos para as redes sociais, muito dificilmente as suas publicações irão ter o retorno desejado.

11. Acreditar que as suas publicações devem ser sempre sobre o seu produto ou serviço

Se as redes sociais servem para gerar vendas para o meu negócio online, então devo fazer todas as publicações sobre o meu produto ou serviço? Não.

Mesmo que decida que o seu produto deve aparecer em todos os posts, faça-o corretamente: mostre como o produto se utiliza, partilhe imagens de um lifestyle associado ao seu produto, use fotografias onde o seu produto apareça a resolver um problema ou a colmatar uma necessidade.

As redes sociais são o local ideal para contar histórias em torno daquilo que a sua empresa vende. Não se limite a ser “comercial” num canal com tanta potencialidade. Em vez de tentar convencer os utilizadores a comprar os seus produtos, mostre-lhes como os seus produtos melhoram efetivamente as suas vidas.

12. Pensar que trabalhar as redes sociais de uma marca não é uma função full-time

Estamos em 2021 e muitas empresas ainda consideram que quem trabalha as redes sociais o pode fazer em meia hora ao final de um dia de trabalho. São só uns posts, certo?

Tenha em mente que este profissional tem de definir a estratégia da marca para as redes sociais, planear os conteúdos e elaborar o plano de publicações, escrever os textos para cada publicação de acordo com a rede social, escolher a imagem (ou imagens) e muitas vezes até tratar a imagem em Photoshop, analisar o desempenho das publicações e adaptar a estratégia em conformidade, planear campanhas pagas, implementar, monitorizar e otimizar as mesmas, entre outras coisas.

13. Publicar demasiado ou não publicar o suficiente

Não há fórmulas mágicas nem verdades absolutas, no entanto, existem vários estudos que indicam qual a frequência ideal de publicações que deve fazer em cada rede social.

No entanto, mais importante do que a frequência é a consistência. Para além do que já abordei anteriormente, de apenas criar um perfil nas redes sociais relevantes para o seu negócio, em termos de número de publicações, comprometa-se com uma frequência de publicações realista de acordo com os recursos que tem disponíveis.

14. Usar as redes sociais para falar sobre o seu negócio em vez de sobre aquilo que interessa ao seu público-alvo

Os seus produtos ou serviços tornam-se interessantes para os consumidores quando fazem a diferença nas suas vidas, quer porque resolvem um problema, quer porque conferem status ou porque estão na moda, os motivos são imensos! Mas todas têm um ponto em comum; a importância e o uso que os consumidores vão dar ao seu produto ou serviço, a diferença que vão sentir nas suas vidas.

Assim, quando pensar as suas publicações nas redes sociais procure que sejam centradas nos utilizadores, na sua comunidade. Pense nas situações da vida das pessoas nas quais o seu produto ou serviço encaixa e é relevante. Não é por não falar especificamente do seu produto nas suas publicações que estas se tornarão menos comerciais.

15. Desconhecer o que faz a sua concorrência

Analisar a concorrência, não significa copiar o que a sua concorrência faz, mas antes aprender quer com os pontos fortes, quer com os erros.

Lembre-se de um pormenor importante: nas redes sociais a sua concorrência não são só as marcas que vendem o mesmo tipo de produtos ou serviços mas também todas as marcas que estão a comunicar para o seu público-alvo.

Todas as empresas, organizações e celebridades que estão a fazer publicações e a promovê-las para serem exibidas ao seu público-alvo estão a competir consigo pela atenção daqueles utilizadores. O seu desafio é ser interessante o suficiente para se destacar no meio de toda esta informação que bombardeia os utilizadores constantemente.

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